dia seiscentos e três

24 de Dezembro de 2006

Rua dos Fanqueiros, Lisboa

1 Comments:

Blogger Unknown said...

Maravilhoso o teu blog, finalmente encontro alguém que fotografa a medula de Lisboa. Recomendo vivamente a vista do oitavo andar do edifício da Pollux na Rua dos Fanqueiros, nº 276. Avista-se Lisboa de uma forma única, com promenores dos telhados em volta do varandim da Pollux; ao fundo o elevador de Sta Justa e mesmo ao lado, o enorme olho negro que é o Convento do Carmo.
Obrigada por estes "365 dias" de fotos explêndidas.
Já agora aviso que vou "roubar" esta da Rua dos Fanqueiros mas claro que irei identificar o autor.

16:11  

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São fotografias sem importância. Sem intencionalidade evidente, sem poesia, sem comentários (serei capaz de cumprir?), sem explicações. Serão apenas e somente fotografias escolhidas de entre as captadas cada dia. Uma por dia, todos os dias, durante um ano. Por vezes haverá um link para mais fotografias em determinados dias, nunca muitas. Estará registado o dia e a hora em que cada fotografia foi «capturada».


São fotografias a cores, tiradas com câmaras Leica: da D-lux 2 à M8.
O meu trabalho, até há algum tempo, era quase todo em preto e branco (pode ver-se em portfolio mario martins - neste momento em remodelação) porque, entre outras razões, a fotografia que faço não é a reprodução da realidade - a cores também não o será, evidentemente. Terei que aprender a ver a cores. Todos os dias.

Este projecto nasceu há quatro anos, depois de ver a exposição un journal photographique de Frank Horvat, no Musée Maillol, em Paris. Mas não é um projecto autobiográfico, como será o de Horvat, estas fotos serão tiradas em grande parte entre a casa e o emprego, ao acaso dos meus percursos quotidianos. Como se vê, a ideia não é original - mas a fotografia, mesmo cada fotografia, dificilmente poderá ser original, como acontece com qualquer objecto em todas as artes; o que conta é o olhar - do fotógrafo e de quem vê as fotografias - porque, de algum modo, ao ser visto, tudo se torna signo.

Aqui estão, pois, para serem vistas e olhadas.